domingo, 23 de setembro de 2012

Problemas na execução de Angra 3 provocam prejuízo de R$ 114 milhões, segundo TCU




O descompasso entre a execução física e financeira das obras de construção da usina nuclear de Angra 3 (RJ-1.405 MW) provocaram atraso de 350 dias nas edificações principais do empreendimento, segundo auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União. O trabalho dos auditores constatou prejuízo de R$ 114 milhões à Eletronuclear, em razão do aumento dos custos indiretos da usina entre março de 2011 e março desse ano.
O TCU apurou que até março de 2012 o índice de execução da obra era de 22,3%, enquanto os desembolsos financeiros atingiram 33,7% do valor contratual. O percentual foi contestado pela estatal, que calculou em 29,8% o total executado.
A diferença entre o valor pago e o cronograma físico, segundo os auditores, foi resultante de uma combinação entre o atraso na obra e critérios de medição inadequados. Por recomendação do tribunal, o contrato deverá ser repactuado, o que deve gerar economia de R$ 48,8 milhões.
Os motivos apontados pelo tribunal como possíveis causas para os problemas na execução do contrato vão da ocorrência de greve e de chuvas além do previsto ao atraso na execução por responsabilidade tanto da empreiteira responsável quanto da Eletronuclear. O TCU aponta também a morosidade na emissão das licenças de construção pela Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Com apenas um servidor para analisar os pedidos de licenciamento encaminhados pela Eletronuclear de março do ano passado a maio de 2012, a CNEN analisou 43 das 72 solicitações recebidas da estatal. As 25 restantes já haviam superado o prazo de 90 dias para a emissão de licenças pela comissão. O número de licenças que deveriam ter sido solicitadas no período pela Eletronuclear, no entanto, era de 151. Uma das determinações do TCU é de que a comissão adote preovidencias para reforçar o quadro de pessoal.


Fonte: Angranews

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