A Eletrobras Eletronuclear reviu o cronograma das obras de Angra 3. A usina, que entraria em operação em 2016, agora está prevista para iniciar sua operação em maio de 2018. O planejamento original do empreendimento - feito com base em parâmetros internacionais - previa que a unidade seria implantada em 66 meses a partir do marco zero da obra. A empresa, avaliando os serviços relevantes em andamento e as futuras etapas da construção, concluiu que será impossível a recuperação completa dos atrasos ocasionados pelos seguintes fatores externos:
- A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) tem demonstrado lentidão no processo de licenciamento nuclear. A despeito de ter concedido a Licença de Construção em março de 2010, a Cnen vem liberando as autorizações para concretagens das edificações de forma gradativa, em ritmo aquém das necessidades para o cumprimento do cronograma;
- Os recursos interpostos pelos licitantes inabilitados durante o processo de contratação dos serviços de montagem eletromecânica, apesar de não terem sido atendidos pela Justiça Federal e pelo Tribunal de Contas da União (TCU), causaram impacto de 9 meses na licitação.
- A Areva apresenta dificuldades para entregar, no prazo, o sistema digital de instrumentação e controle (I&C). O atraso é similar ao que está ocorrendo em usinas nucleares em construção na França (Flamanville) e Finlândia (Olkiluoto), cujos sistemas de I&C também estão sendo fornecidos pela empresa francesa.
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