sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Expansão da energia nuclear no Brasil se limita à Angra 3


O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, disse hoje (15) que a expansão da matriz energética nuclear se limita à construção da Usina Angra 3, em Angra dos Reis (RJ), já que não há nenhuma outra planta prevista para o curto prazo. O governo pretendia construir quatro usinas termonucleares até 2030, mas a ideia foi suspensa por causa do acidente nuclear de Fukushima, no Japão. As informações são da Agência Brasil.
"Estamos aguardando para ver o que acontece no mundo para termos condição de tomar uma decisão cautelosa. Não temos necessidade de pressa. Angra 3 já começou a ser tocada e não teria sentido parar, porque seria um custo muito elevado. [Com relação às demais], estamos aguardando. Felizmente, temos uma situação energética muito boa, com muita oferta de energia e não temos razão para ter pressa", disse ele, após reunião na sede da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), em São Paulo.
Tolmasquim disse que a prioridade do governo ainda é a geração hidrelétrica, já que o país tem um grande potencial nessa área, e que a energia eólica está ganhando força porque é competitiva, limpa e se complementa muito bem com a hidrelétrica. "Eu diria que temos quatro fontes de energia que estão no centro do abastecimento do Brasil: hidrelétrica, eólica, biomassa e gás".
O presidente da EPE não incluiu o carvão mineral nessa lista por causa do compromisso do país de reduzir as emissões de gás carbônico até 2020. "O carvão emite quase o dobro de uma térmica a gás. Do ponto de vista energético, o carvão não é necessário e, do ponto de vista ambiental, não é desejável", disse.


Fonte: Diário do Vale

Nenhum comentário:

Postar um comentário