Esclarecimento sobre a formação de espuma marinha na região entre Angra dos Reis e Paraty
A Eletrobras Eletronuclear vem a público esclarecer que a espuma marinha que se formou nos últimos meses na região entre Angra dos Reis e Paraty não tem qualquer relação com as atividades da empresa. O mesmo fenômeno aconteceu em Mooloolaba, na costa leste da Austrália, e em Aberdeen, no norte da Escócia.
Na realidade, trata-se de um feito natural que ocorre praticamente todos os anos também na costa brasileira e que, nesse ano, alcançou grandes proporções devido às condições oceanográficas e meteorológicas que vem ocorrendo.
Atualmente há uma grande quantidade de nutrientes no mar que servem de alimento para diversos tipos de microalgas marinhas, provocando uma grande proliferação das mesmas, que se agrupam em massas.
Essas massas de microalgas são “quebradas” quando da ocorrência de turbulência das massas d’água, no caso do ambiente marinho, das ressacas. Ou seja, a origem da ocorrência de espuma observada na linha de costa é decorrente da quebra da massa de microalgas, potencializada por fatores físicos como a turbulência do mar e o vento.
Para a refrigeração das usinas Angra 1 e Angra 2 há necessidade de captação de água do mar em Itaorna, que é retornada ao meio ambiente no saco da Piraquara de Fora. Observamos, para esclarecimento ao público em geral, que o percurso da água desde a sua captação em Itaorna até o seu lançamento no saco da Piraquara de Fora não tem contato com o sistema radioativo das usinas.
É importante ressaltar, ainda, que a espuma orgânica irá permanecer na região entre Angra dos Reis e Paraty enquanto permanecerem as condições que ensejam na proliferação das microalgas.
A empresa enfatiza que o fenômeno de ocorrência de microalgas marinhas na região é decorrente das condições ambientais, não originadas pelas usinas Angra 1 e Angra 2, e que não ocorreu nenhuma mudança ou alterações nos processos operativos das mesmas no período de ocorrência dessa espuma, e, ainda, que todo o processo de refrigeração das usinas não tem contato com o sistema radioativo.
Por fim, os resultados das análises da espuma, realizadas pelo órgão ambiental estadual e pela empresa, concluíram que a sua composição é de origem orgânica, não apresentando risco ao meio ambiente e à população.