terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Ministério da Saúde divulga dados do Vigilância de Violência e Acidentes (Viva)


Uma em cada cinco vítimas de trânsito atendidas em emergências de hospitais públicos do País admitiu ter ingerido algum tipo de bebida alcóolica. Entre os que se envolveram em episódios de agressão física, 49% confirmaram ter bebido antes. Os dados, apresentados nesta terça-feira pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fazem parte de um estudo que aponta o álcool como fator preponderante em episódios de violência.
Para montar o Vigilância de Violência e Acidentes (Viva), o Ministério da Saúde ouviu 47 mil pessoas em 71 hospitais de todas as capitais e do Distrito Federal. O levantamento mostra que entre as pessoas envolvidas em acidentes de trânsito, 22,3% dos condutores haviam ingerido bebida alcoólica. Entre os pedestres, o percentual é de 21,4%. Dos passageiros acidentados, 17,7% haviam consumido álcool. Entre os casos estudados, 56,8% dos acidentados atendidos se locomoviam em motos.
O estudo mostra, ainda, que a ingestão de álcool não é prerrogativa apenas dos que agridem ou têm grau de instrução menor. Segundo o documento, 28% das vítimas de agressões e 40% das vítimas do trânsito tinham entre 9 e 11 anos de escolaridade. A maioria é de homens - 25% dos que sofreram acidente tinham ingerido álcool - e quase 40% das vítimas têm entre 20 e 39 anos. 
Como os dados foram coletados em outubro de 2011, ainda não é possível verificar a influência do endurecimento da Lei Seca no comportamento de motoristas e pedestres. Ainda assim, para o ministro Alexandre Padilha, há uma tendência de redução nas internações por acidentes de trânsito em proporção à frota de veículos.

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