terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ativistas do Greenpeace protestam contra construção da Usina Angra 3

Manifestantes do Greenpeace iniciaram nesse final de semana protestos na França e na Itália contra o grupo empresarial BNP Paribas, um dos financiadores do projeto de construção da usina nuclear Angra 3, no Brasil. Na manhã de hoje (25), os ativistas fizeram uma manifestação em frente a sede da empresa, com cartazes e faixas de repúdio à construção da nova usina.
Os manifestantes pedem que o grupo freie o investimento, por considerar o projeto da usina "obsoleto e perigoso". Na Itália, o Greenpeace mobilizou manifestantes em 29 cidades. Na França, o protesto foi feito na cidade de Nice, no Sul do país. Os voluntários, que realizam mobilizações desde a última semana, distribuíram panfletos com informações às pessoas e delimitaram o ingresso às entidades financeiras com cartazes que traziam a frase "Parem os investimentos radioativos".
- Angra 3 usa tecnologia velha, precedente do desastre nuclear de Chernobyl, que não podia ser construída na Europa porque está fora das normas - ressaltou Domenico Belli, responsável pela campanha Energia e Clima do Greenpeace Italia.
A usina nuclear, cujo projeto esteve parado por mais de 20 anos - logo após a tragédia na Ucrânia, ocorrida em 1986 - e foi retomado recentemente, deverá entrar em funcionamento até o fim de 2015, de acordo com informações do governo brasileiro.
- Cerca de 70% da tecnologia presente neste local pertence à época e claramente não responde aos critérios de segurança atuais. Toda tentativa de adaptar a usina Angra 3 com os critérios atuais, não apenas teria altos custos, mas tampouco certezas de se ter chegado ao objetivo - afirmou o ativista.
O Greenpeace Italia denunciou ainda que até o momento não foi feita "nenhuma análise de risco" na área da construção. Tanto, que as obras da nova usina foram interrompidas três vezes pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pela falta do relatório de segurança da unidade. A assessoria de comunicação da Eletronuclear afirmou que o estudo já está sendo feito, por determinação da Justiça

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