sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ações do Plano de Emergência das usinas são divulgadas

A Equipe de Comunicação do Plano de Emergência Externo da Central Nuclear (EqCom - PEE) divulgou hoje as principais ações que estão sendo realizadas para aumentar o entendimento da populaçao angrense de como agir em caso de acidentes nucleares. Dentre as atividades apresentadas, se destaca o Exercício Parcial de Resposta à Emergência Nuclear (EXPAR/2010), que ocorrerá no dia 23 de setembro.
- Temos o dever de mostrar a populaçao as principais orientações em caso de um acidente nuclear. Tanto, que o Exercicio Parcial, serve justamente para testar todas as situações que poderiam ocorrer durante um acidente, assim todos estariam cientes do que deveria ser feito - disse o coordenador da Equipe de Comunicação, Marco Antônio Torres.

A Equipe, que foi criada em 2009, tem o objetivo de assessorar os órgãos responsáveis pelo Plano de Emergência no relacionamento com as comunidades envolvidas. Composto por especialistas em comunicação de diversas entidades, como Eletronuclear, prefeitura, e Defesa Civil, o grupo se reúne quinzenalmente para deliberar ações permanentes para aumentar o entendimento da população.
Até o momento, a equipe já realizou ações no Parque Mambucaba (Perequê), Vila Histórica de Mambucaba e Frade. Com o objetivo de apresentar as principais atividades das usinas, as associações, organizaçoes não governamentais e a populaçao em geral participam de visistas ao complexo nuclear em Itaorna, onde recebem informações, através de palestras ministradas pelos representantes legais do comitê.
Segundo o coordenador da Equipe de Comunicação, Marco Antônio, esses representantes sao multiplicadores, em suas comunidades, de informaçoes sobre o funcionamento seguro das usinas.
- Infelizmente ainda existem muitos mitos em relação aos acidentes nucleares, como o de que vai atingir até a cidade do Rio de Janeiro, e vai explodir tudo. No máximo, na última possibilidade, pode atingir um raio de 15 Km, mas geralmente só afeta no raio de 5 Km. E por isso há a necessidade de explicar e mostrar como tudo funciona realmente e como é necessário agir para que não haja pânico em caso de um acidente grave - explicou o coordenador.
Simulação de Emergência
O Sistema de Proteção do Programa Nuclear Brasileiro vai realizar no dia 23 de setembro um exercício de simulação de emergência para testar a segurança do sistema de comunicação em casos de pane nas usinas Angra 1 e 2. O Exercício Parcial de Resposta à Emergencia Nuclear (EXPAR/2010) terá um cenário composto de várias anormalidades, criadas de maneira que caracterizem estágios de emergência, culminando com um acidente de perda total de energia, tanto interna, quanto externa.
- Vamos ter todo o aparato para fazer a atividade completa, como se realmente tivesse acontecido um acidente nuclear - afirmou o coordenador do Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no Municipio de Angra dos Reis (Copren/AR), tenente coronel, Otto Luiz da Costa. A manobra militar será realizada pelo efetivo das Forças Armadas, da Defesa Civil e funcionários da Eletronuclear. Segundos os dados apresentados na divulgação do exercício, o sistema de segurança das usinas nucleares brasileiras prevê a mobilização imediata de centenas de profissionais - nos três níveis de governo - em menos de uma hora, caso haja algum tipo de acidente radioativo.
Para isso, além de telefonia fixa e celular, existem telefones por satélite e radiocomunicação militar, que garante a continuidade da comunicação mesmo em casos extremos, como apagões de energia ou quedas de torres de telefonia. Em caso de vazamento de radiação para a atmosfera, o governo tem capacidade para retirar, em menos de quatro horas, todos os cerca de 10 mil moradores próximos às usinas, em um raio de até 5 quilômetros.
- Desde a construção das Usinas, todas as equipes têm o Plano de Emergência pronto, finalizado em todas as hipóteses consideradas em um caso de acidente nuclear. Inclusive, há o sistema de comunicação próprio das usinas, para que não haja interferência. E esses simulados são uma forma de verificar a segurança do sistema, e prever como todos deveriam agir no caso de uma pane total - ressaltou o tenente-coronel, Otto.

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