A Usina Nuclear Angra 1 foi desligada às 02h44min de hoje para reparo no circuito de hidrogênio do sistema de resfriamento do Gerador Elétrico principal - parte convencional da Usina, sem qualquer contato com radioatividade. A usina estava operando de acordo com o programa de carga do Operador Nacional do Sistema. A taxa de despressurização de Hidrogênio estava sendo monitorada, porém devido a um aumento, tomou-se a decisão de fazer a manutenção corretiva, e para tal a usina necessitou ser desligada seguindo os procedimentos normais de operação.
Os técnicos da Eletronuclear estão avaliando o tipo de manutenção necessária, e a previsão de retorno da usina ao Sistema Interligado Nacional será informada assim que a magnitude do reparo for determinada. O desligamento é o segundo depois que a usina foi desconectada para troca de combustível e manutenção, em julho, e retornou no dia seguinte. Houve modificações na usina durante a parada, mas a Eletronuclear não informou se o segundo desligamento está relacionado a problemas surgidos em função dessas mudanças.
O primeiro desligamento teve relação com o reparo de um ponto quente no duto de ventilação do barramento do Gerador Elétrico. Esse "ponto quente", de acordo com texto publicado no site da Eletronuclear na última sexta-feira, aparecia nos parafusos de fixação da carenagem de um "bus duct" - uma espécie de prateleira para cabos elétricos.
No dia 28, a Eletronuclear mencionou em release que o ponto quente se devia à "circulação de corrente elétrica parasita no duto de ventilação da saída do gerador elétrico principal". Correntes elétricas parasitas são criadas por campos magnéticos.
No caso de Angra 1, essa corrente foi gerada por mudanças feitas em função da modificação de projeto para instalação de novos transformadores de correntes, instalados durante esta parada.
Fonte: Site do Jornal Diário do Vale
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